sábado, 15 de fevereiro de 2020

Para quando eu estiver a beira da morte

Eu amo todos vocês.
Gostaria de pedir algumas coisas nesse momento, se possível.

0 - Chamem um padre da Igreja Católica Apostólica Romana o quanto antes. Um pastor evangélico não serve. Eu quero me confessar e quero receber a unção dos enfermos.

1 - O que eu mais preciso agora é de oração. Rezem, sim, pela minha saúde, mas POR FAVOR rezem pela misericórdia de Deus para que eu possa entrar no reino dele. A vida na Terra é curtíssima, mas daqui a pouco eu vou entrar na eternidade, e eu gostaria muitíssimo que eu fosse para o céu e não para o inferno, mas para isso eu preciso que vocês peçam a Deus por isso.

2 - não façam nenhum culto que não esteja em estrito acordo com a Igreja una, santa, Católica Apostólica Romana. Nada de espiritísmo, budismo, protestantismo, new age, umbanda, ocultismo (tipo astrologia ou wicca). NÃO CONFIEM EM ALGUM ESPÍRITO QUE ESTIVER SE PASSANDO POR MIM. Deus proibiu esse tipo de coisa e eu não vou desobedecê-lo. Se vocês virem algum médium supostamente me incorporando, saibam que estão tratando ou com um charlatão ou com um demônio.

3 - perguntem ao padre o que é possível fazer para me ajudar na passagem. Eu acho que vou para o purgatório, e lá o bicho pega. Então rezem para que, no caso de eu estar no purgatório, minha passagem ser rápida.

4 - Doem meus órgãos. Quero ser enterrado.

5 - Eu estarei entregando meu espírito na mão de Deus, e se assim for possível irei interceder e rezar por vocês de lá de cima. Vocês não vão ver, provavelmente, mas eu estarei vendo vocês e cuidando de vocês.

6 - rezem por vocês mesmos. Não que eu seja grande coisa, mas talvez dê um pouco de saudades. Não fiquem bravos com Deus pois todo mundo tem sua hora. Além disso eu espero deixar algo pra vocês, mas o demônio vai tentar criar discórdia. Então rezem ardentemente por vocês, como eu estarei rezando por vocês.

domingo, 12 de janeiro de 2020

Nota de Falecimento

É com pesar que anuncio o falecimento de N. Amado marido de N., adorado pai de Ns., estimado irmão de Ns., faleceu pacificamente de causas naturais, mas poderia ter falecido violentamente de causas honrosas. Sua família pede orações para que possa entrar na morada eterna em comunhão com os santos.

Servia a Deus acima de tudo, e tudo que fazia tinha como objetivo agradar a Deus. N. foi um homem de princípios firmes. Era moderado e temperado, mas não tinha medo de enfrentar as consequências em favor da justiça. Era, portanto, obediente e temente a Deus somente.

Para com sua esposa era fiel e amável. Amava-a profundamente. Sabia valorizá-la, agradá-la e protegê-la. Nunca deixou que outras pessoas ofendessem sua honra, ou tirassem vantagem dela, ou permitiu que fosse ameaçada. Também buscava aliviar seus sofrimentos compartilhando deles.

Para seus filhos não era só um provedor, mas um mestre e um protetor. Não era excessivamente rígido, mas agia com justiça quando necessário por amor a eles, do contrário era carinhoso e inspirador. Sabia dar bons conselhos e seus filhos o viam como um mentor. Foi capaz de educá-los na vida e na fé, e de protegê-los quando ameaçados.

Era generoso e compassivo para com sua família e amigos. Não media esforços ou recursos para ajudar quando estavam necessitados. Era compreensivo e gentil ao lidar com os problemas que enfrentavam.

N. foi um homem visto por todos ao seu redor como confiável, e o que fazia não era objeto de dúvida, porque se podia depender de sua capacidade e resolutividade. Era abnegado e incansável em servir aos outros, em especial sua família, o que se confirma também por nunca reclamar. O mesmo se verifica em sua profissão, onde era visto como um grande líder. Levava gosto no que fazia, mas não deixava sua profissão o ausentar de suas outras responsabilidades familiares. Vivia sua vocação profissional como X, e não se deixava frustrar por dificuldades temporais que enfrentava.

Era consistente e estável, e não se deixava levar pelas paixões e sensações do momento.
Era humilde, e não era vaidoso. Reconhecia prontamente seus erros e não agia em benefício de sua própria reputação.
Era erudito e sábio, e compartilhava sua sabedoria com aqueles que desejavam.
Era corajoso, e agia com bravura. Não recuava em face do medo.

N. foi um homem viril em uma geração de homens lânguidos. Encontrado em seu bolso estava o seguinte papel dobrado.



domingo, 29 de dezembro de 2019

Ladainha da Humildade

Jesus, manso e humilde de coração, ouvi-me.
Do desejo de ser estimado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser amado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser conhecido, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser honrado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser louvado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser preferido, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser consultado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser aprovado, livrai-me, ó Jesus.

Do receio de ser humilhado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser desprezado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de sofrer repulsas, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser caluniado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser esquecido, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser ridicularizado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser infamado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser objeto de suspeita, livrai-me, ó Jesus.

Que os outros sejam amados mais do que eu, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros sejam estimados mais do que eu, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam elevar-se na opinião do mundo, e que eu possa ser diminuido, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser escolhidos e eu posto de lado, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser louvados e eu desprezado, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser preferidos a mim em todas as coisas, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser mais santos do que eu, embora me torne o mais santo quanto me for possível, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.

Cardeal Merry del Val

Fonte: Montfort

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Se eu não tivesse um filho


Se eu não tivesse um filho, eu não teria que passar por uma série de provações e desprazeres.

Eu não teria que acordar múltiplas vezes, todas as noites, quando ele tem algum gás que o incomoda e tira-lhe o sono. Ou quando a barriga dele dói de fome e a única coisa que o acalenta é o leite da mãe.

Eu poderia chegar em casa e descansar. Me desligar de qualquer coisa pendente a ser feita, mesmo porque não haveria tanto assim para ser feito. Não haveria brinquedos e panos de boca vomitados jogados por todos os lados. Não haveria carrinho no meio da sala, nem haveria toalha molhada em cima do trocador, que deveria ser pendurada na cadeira para não mofar. Não haveria água a ser fervida e garrafa térmica a ser reabastecida. Não haveria lixeira de fraldas a ser limpa, nem haveria mil coisas da esposa a serem recolhidas, que a coitada não teve tempo durante o dia.

Eu poderia ler um livro, fazer um curso, praticar artes marciais, tocar piano. Não que eu não faça tudo isso, mas faria sem culpa, com tempo para escolher com o que meu coração vai se apaixonar dessa vez.

Eu não teria que trocar a roupa de ninguém, exceto a minha própria, e muito menos teria que trocar de novo porque vomitaram ou cagaram nela assim que foi colocada. Eu não precisaria dar banho em ninguém, exceto em mim mesmo, e muito menos precisaria trocar a água da banheirinha porque cagaram nela assim que o banho foi começado.

Eu não precisaria rezar mil Ave Marias pedindo saúde para ele porque as cólicas o torturam, e outras mil para me dar força para aguentar a gritaria. Eu não precisaria ter que me preocupar com contaminação cruzada de leite de vaca ameaçando desencadear uma suposta alergia. Eu não precisaria aguentar a ligação da minha esposa desesperada durante o dia, com os berros que não me deixam escutar o que ela tem a dizer. Eu nem precisaria plotar peso de criança em curva e ter que me convencer de que zona amarela não é lá tão ruim assim.

Eu poderia simplesmente ter escolhido um caminho mais fácil. Eu poderia não estar morrendo de cansaço.

Mas, Graças a Deus, tivemos nosso filho.

E o eu que vai morrendo nem vale tanto assim. Ele olha tudo em termos compensatórios. Meu filho não me deixa dormir, mas pelo menos ele me dá um breve sorriso de vez em quando. Ele não pára de gritar, mas se eu o abraço ele me acaricia o rosto. Esse eu é um mercenário idiota se acha que o que faz um sofrimento valer é uma compensação momentânea de mesma magnitude. "Pelo menos ele sorri para mim". Que imbecil.

Porque viver sem provações e sem desprazeres não existe, e porque não é a vida que me deve algo, e sim o contrário. Porque, pior ainda, essa contabilidade nunca fecha, e o que fecha é o coração de quem espera contrapartida de tudo que faz. Porque, ora, que diabos se merece nessa vida? Em que momento da existência se assina um contrato, com contratante e contratada, em que as partes se comprometem com iguais deveres e direitos?

Mas sim: porque para o eu ter algum sentido é necessário resignar-se servilmente e amorosamente.

O filho amadurece a alma do pai, digamos, no grito. O berro infantil espanta a vontade pueril do pai de querer correr para os lados, e o atira para a única direção que o amor torna possível, que é para cima. É na birra do filho que a imaturidade do pai dá espaço à virtude.

Ou será que é melhor ser impulsivo que paciente? Ou é melhor ser preguiçoso que responsável? Ou é melhor ser disperso que focado? Ou é melhor ser egoísta que generoso? Ou é melhor a euforia que a equanimidade? Ou é melhor ser inútil que útil?

Mas não: é melhor ser um homem que uma criança.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Sínojo

Atualização 29 de Dezembro de 2019: essa postagem foi um erro. Só não vou remover para me lembrar da capacidade imensa que eu tenho de fazer besteira. Vida longa ao Papa Francisco.
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Um amigo lançou a seguinte pergunta: "E o Sínodo da Amazônia? Palavra de Deus ou complô do Foro de São Paulo?"

Ótima pergunta. Vamos averiguar.

Este é o working document oficial do Sínodo. O sumário já dá uma bela pista sobre do que vai se tratar. "Amazônia, fonte de vida", "Vida ameaçada", "Defender a vida, enfrentar a exploração", "Destruição extrativista", etc. A Parte II intitula-se "ECOLOGIA INTEGRAL: O CLAMOR DA TERRA E DOS POBRES". Onde já vimos isso antes?


Não pode ser. Leonardo Boff é um teólogo liberal apóstata e herege. O homem é o demônio em pessoa. Ele é um grande inimigo da igreja. Não importa que a encíclica do Papa Francisco esteja alinhada com a narrativa eco-globalista, ele certamente não se inspiraria em um inimigo da igreja para pautar um Sínodo inteiro.

A Teologia da Libertação da América Latina, da qual você é um dos seus representantes mais proeminentes, recebeu novas honras do Papa Francisco. Uma reabilitação para você depois de décadas de luta com o papa João Paulo II e seu supremo guardião da fé Joseph Ratzinger, o posterior papa Bento XVI? 
Francis é um de nós. Ele fez da teologia da libertação propriedade comum da igreja. E ele estendeu. Aqueles que falam dos pobres também devem falar da terra hoje, porque eles também são saqueados e profanados. "Ouvir o choro dos pobres" significa ouvir o choro dos animais, da floresta, de toda a criação torturada. A terra inteira está gritando. Então, o papa diz, citando o título de um dos meus livros, devemos ouvir o clamor dos pobres e da terra ao mesmo tempo. E ambos têm que ser libertados. Eu mesmo tenho me preocupado muito com essa extensão da teologia da libertação recentemente. E essa também é a coisa fundamentalmente nova em "Laudato si" ... 
... a eco-encíclica do papa de 2015. Quanto Leonardo Boff tem em Jorge Mario Bergoglio? 
A encíclica pertence ao papa. Mas ele consultou muitos especialistas. 
Ele leu seus livros? 
Ainda mais. Ele pediu material para "Laudato si". Dei a ele meu conselho e enviei um pouco do que escrevi. Ele usou isso também. Algumas pessoas me disseram que estavam lendo "esse é Boff!" A propósito, o Papa Francisco me disse: "Boff, por favor, não envie os papéis diretamente para mim".
Estão claríssimas as motivações do Sínodo da Amazônia. O Papa Emérito Bento XVI já disse que a Teologia da Libertação é anti-cristã, e alguns membros sêniores da Igreja já se posicionaram fortemente contra este Sínodo. 

Resta um apelo: por favor, Papa Francisco, reconsidere.

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Como destruir uma cidade

O governo da cidade de São Francisco (EUA) acaba de definir a NRA como uma organização terrorista.

Imagino que um leitor deste blog teria dificuldades de entender essa notícia. Para ajudar, montei a seguinte tabelinha sobre o que vale e o que não vale de acordo com os californianos

De boas Não de boas
Chamar um grupo que defende os direitos constitucionais das pessoas, a NRA, de terrorista Chamar um criminoso de criminoso
Espalhar HIV de maneira dolosa Entregar canudinho de plástico no restaurante
Feira de fetiche em ruas públicas, com direito a sexo ao ar livre Ter página católica em rede social californiana
Cobrar mais imposto do que 90% dos estados da federação Usar dinheiro público para viajar para estados pró-vida

Manterei atualizado...

Fontes:
  • 1a: https://www.bbc.com/news/world-us-canada-49574445
  • 1b: https://www.sfchronicle.com/bayarea/philmatier/article/SF-Board-of-Supervisors-sanitizes-language-of-14292255.php?psid=leUVR
  • 2a: https://www.washingtonpost.com/news/to-your-health/wp/2017/10/09/knowingly-infecting-others-with-hiv-is-no-longer-a-felony-in-california-advocates-say-it-targeted-sex-workers/?noredirect=on
  • 2b: https://www.nationalreview.com/2018/07/plastic-straw-ban-santa-barbara-jail-time-punishment/
  • 3a: https://www.folsomstreetevents.org/folsom-street-fair/
  • 3b: https://cal-catholic.com/more-than-20-catholic-pages-blocked-from-facebook/
  • 4a: https://taxfoundation.org/publications/state-local-tax-burden-rankings/
  • 4b: https://cal-catholic.com/san-francisco-bans-official-travel-to-pro-life-states/

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Livros lidos em 2019


  • Aprendendo Inteligência - Pier Luigi
    • Livro de criança, não sei por que me dispus a ler. Fala como não aprendemos nada na aula, e por isso é importante ler a matéria que se teve aula no mesmo dia, pois é nesse momento que se aprender. Vou recomendar ao Gabriel quando ele tiver idade.
  • Surely You're Joking, Mr. Feynman - Richard Feynman
    • Autobiografia do físico Richard Feynman, prêmio Nobel, um dos responsáveis pela bomba atômica. O cara aparentemente era um baita gênio, meio doido, mas bastante carismático. Passou um tempo lecionando no Brasil e disse que aqui não se ensina física, o que eu concordo. Todos deveriam ter sua forma de abordar problemas: com sinceridade e autenticidade, e não tentar encaixar através de estruturas pré-concebidas.
  • Skunk Works - Ben Rich
    • História da Skunk Works, a divisão de projetos especiais da Lockheed Martin, à época da Guerra Fria. O que fez ela ser tão bem sucedida é a sua abordagem sincera e autêntica na resolução dos problemas de engenharia (foi uma boa sequência ao "Surely You're Joking, Mr. Feynman"). Deu vontade de voltar a ser engenheiro, pena que a realidade hoje e no Brasil é totalmente diferente.
  • Guia Suno de Fundos Imobiliários
    • Pura bosta. Não vale o review.
  • Confissões - Santo Agostinho
    • Muito bom. O livro começa fazendo jus ao nome, com Santo Agostinho narrando sua vida e confessando a Deus os diversos pecados que cometeu, desde o momento em que nasceu até após sua conversão, já adulto. Ao mesmo tempo, é um livro apologético e de glorificação. Ao final, parece que o livro "Confissões" termina e começa um outro de filosofia, em que Santo Agostinho analisa o significado do início do livro do Gênesis ("No princípio Deus fez o céu e a Terra"), a qual eu particularmente achei muito esclarecedora, mas não entendi a conexão com suas Confissões. Livro para ler de novo, especialmente suas partes filosóficas.
  • Almas Mortas - Nikolai Gógol
    • Chato. O Autor passa metade do tempo divagando em descrições e narrativas hiperdetalhadas, e essa é a razão de ser da obra, que tem como objetivo criar uma imagem perfeita na cabeça do leitor do provincianismo russo camponês e sua baixeza moral envernizada de bom comportamento social. O objetivo é atingido, e acho que o livro é aclamado justamente porque essa imagem "pintada" é talvez universal e atemporal -- certamente a reconheço aqui no Brasil. Mesmo assim achei pessoalmente chato.
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • A Nova Era e A Revolução Cultural - Olavo de Carvalho
  • As Aventuras de Tom Sawyer - Mark Twain
  • As Nuvens - Aristófanes
  • As Vespas - Aristófanes
  • Lisistrata - Aristófanes
  • O trabalho intelectual - Jean Guitton
  • O Trabalho e os Dias - Hesíodo
  • Teogonia - Hesíodo
  • Prometeu Acorrentado - Ésquilo
  • Orestéia (Agamemnon, Coéforas, Eumênides) - Ésquilo
  • ...
Encerrei por aqui essa empreitada de colecionar bullet points. Notei que estava lendo como se estivesse amealhando créditos de leitura, em parte por pura vaidade, como se ticar a lista de leitura fosse me render uma espécie de distintivo, em parte porque descobri que meu nível de leitura provavelmente não passa de Passivo Bruto Completo, segundo nível na classificação de cinco níveis do Rafael Falcon.

O primeiro problema estou tentando resolver confessando-o a mim mesmo e publicamente.

O segundo problema estou tentando resolver primeiramente pelo curso de latim do Rafael Falcon.